Quem escolhe o que eu como?

Olá gente, estou passando aqui para comemorar!!

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2 meses após tomar as rédeas da minha alimentação, quero comunicar que consegui perder 6kg!! Uhuuulll! Comprei alguns livros sobre obesidade, Ultrametabolismo, Nutrição Clínica Funcional com foco em obesidade. Este último, da nutricionista Andréia Naves foi o que eu mais gostei, pois me fez presente para alguns elementos obesogênicos silenciosos que ingerimos diariamente (quem sabe eu escreva mais sobre isso mais além).

Bom, eu gostaria de descrever um pouco sobre como consegui perder esse peso sem uma dieta restritiva. Na verdade, muito do que eu já comia ainda o faço, porém aprendi que é muito importante fazer a escolha certa. Muitas escolhas que eu fazia antes eram somente baseadas no impulso de comer, de recompensa. E é engraçado (#soquenão) como nosso cérebro, nosso intestino e nossas células adiposas, decidem o que vamos comer, automaticamente (nosso corpo envia determinadas respostas químicas sobre as quais não temos controle consciente).

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Anos atrás, acho que no começo da faculdade, li o livro “A culpa é da genética” e achei-o excelente, e para mim, abriu meus olhos quanto ao que fomos e somos como espécie. O livro Ultra metabolismo também enfoca a tese de que nosso metabolismo sofreu pouca ou nenhuma evolução se compararmos aos nossos ancestrais. shutterstock_294181589

O que mudou muito foi nosso estilo de vida. Sedentarismo, estresse, toxinas, produtos industrializados, alergênicos, má nutrição… O que não mudou foi a conversa dos nossos genes (acumular gordura para a época em que era necessário sair para caçar ou coletar alimentos) … Nosso organismo é geneticamente programado para fazer com que o ser humano ganhe peso e o mantenha. Quem nunca pulou um almoço e se acabou de comer no jantar?Isso é o nosso organismo instintivamente garantindo a sobrevivência. Esta aí o motivo da recomendação de comer várias vezes ao dia: para evitar momentos de compulsão e consumo excessivo de calorias. Quando você está com fome, você não consegue escolher conscientemente. Geralmente a escolha será algo bem calórico, aquilo que te faz juntar saliva na boca… Pensou? Isso, essa opção que você deve evitar!! E aí também reside o problema das dietas que excluem grupos alimentares… eventualmente, você sucumbirá! rs

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Gente, fechar a boca não funciona a longo prazo. Quando você restringe as calorias, o seu organismo se prepara para responder a esse estresse, diminuindo o metabolismo, economizando energia… Não perca tempo fazendo isso!

O que precisamos entender é que cada indivíduo responde diferente a “dietas diferentes” – para você funciona, mas para mim, talvez não. Cada indivíduo tem uma conversa diferente com seus genes e por isso uma dieta personalizada é importante. Tanta gente confiando em celebridades fitness, seguindo no instagram e blogs do que comer ou não. Tem receitas bacanas? Tem, mas atenção para a indústria por trás disso. Muito patrocínio de suplementos e industrializados, além da inversão de valores: magro = feliz.  E aí que eu vi que a Nutrição Funcional é tão bacana… Vou citar um parágrafo do livro com a definição:

“… a nutrição clínica funcional olha para a ciência da nutrição de forma integrativa e profunda, baseia-se na pesquisa cientifica para justificar as aplicações práticas e engloba tanto a prevenção como o tratamento de doenças, focalizando na avaliação dos aspectos bioquimicamente únicos de cada organismo, levando em consideração o genótipo de cada indivíduo e sua suscetibilidade genética no desenvolvimento da doença”. (NAVES, 2014). Massa né?

Bom, enquanto você não procura uma nutricionista funcional, saiba que é muito importante você saber qual o TIPO DE CALORIA que está consumindo, porque ela interfere nas suas funções metabólicas. Uma alimentação baseada em alimentos integrais, de alimentos preferencialmente em seu estado natural (aquele que compramos no mercado – abacate, laranja, amêndoa, tomate), carnes magras e frescas (não temperadas ou processadas) e quase nada do que é produzido ou embalado numa indústria (preparações congeladas, biscoitos, gorduras nocivas, carboidratos refinados, conservantes, estabilizantes, corantes, adoçantes, sódio) nos ajuda a manter um peso saudável. Volto a enfatizar a #campanhacontraaditivos #façavocêmesmo que já postamos aqui no blog.

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E é basicamente isso que eu quero compartilhar com vocês: descasque mais e desembale menos! Não sei quem falou isso, mas eu super concordo rs!

E por quê decidi colocar esse título –  Quem escolhe o que eu como?

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Quando a escolha do alimento não é consciente, quando é uma necessidade, um impulso, uma recompensa, há algo de errado na sua alimentação. Quando é você que escolhe conscientemente por ser uma refeição balanceada, com fibras, fitonutrientes, saudável, aí sim, é esse o caminho para uma vida mais saudável. Lembre-se: sua alimentação não precisa ser perfeitamente controlada o tempo todo! Não seja psicopata!

VOCÊ SABIA?

– Você sabia que apenas 100 kcal extras por dia podem causar um aumento de peso de cerca de 5 kg por ano? Prestem atenção para não “abrir exceções” com frequência…

– Quando vazio, o estômago secreta hormônios que dizem ao corpo e ao cérebro que estamos com fome. Por isso, coma cedo e com frequência e consuma alimentos que controlam o apetite.

– A maioria das pessoas tem ideias erradas sobre as opções que devem fazer quanto ao tipo e à quantidade de calorias que consomem.

– “Quando emagrecemos, cerca de metade do que perdemos é composto por gordura, o restante é formado por músculos valiosos e metabolicamente ativos. No entanto, quando o peso é recuperado, é quase todo constituído de gordura. Lembre-se: as células musculares queimam 70 vezes mais calorias do que as células de gordura”. (HYMAN, M. 2007). Exercício físico é importante sim!!

Um abraço!

Nutricionista Karen Dykstra Carmona

REFERENCIAS:

NAVES, A. Nutrição Clínica Funcional: obesidade/Andreia Naves. São Paulo: Valéria Paschoal Editora Ltda., 2014.

HYMAN, M. Ultrametabolismo. Rio de Janeiro: Sextante, 2007.