Nascidos para Feder

Na linguagem coloquial, flatulência é muitas vezes referida, em baixo calão, como “pum”, “peido”.

DO QUE O PUM É FEITO?

É uma mistura variável de gases inodoros, que engolimos ao longo do dia, e, claro, dos fedorentos compostos gasosos produzidos no intestino. Com vocês, o roteiro da “superprodução” NASCIDOS PARA FEDER!! rs

A alimentação pode ser considerada como um dos fatores comportamentais que mais influencia a qualidade de vida das pessoas. Após o alimento ser mastigado, engolido, ela passa pelo estômago, onde o ácido clorídrico é liberado, quebrando moléculas dos alimentos grandes em menores, e liquefação do bolo alimentar, agora chamado de quimo.  O quimo será absorvido no intestino delgado que é a primeira porção do intestino aonde acontece a absorção de todos os nutrientes e vitaminas. O quimo não digerido entra no intestino grosso que agora já é considerado lixo.

Ok… mas porque tenho problemas com PUM???

Imagem do site: http://www.androidpit.com.br/pt/android/market/apps/app/com.ape.soundboard.fartmachine/maquina-de-pum

A maior parte dos gases é produzida no intestino, por carboidratos que não são quebrados na passagem pelo estômago. Como o intestino não produz as enzimas necessárias para digeri-los, eles são fermentados por bactérias que normalmente ali residem. Esse processo é responsável pela maior produção e liberação de gases, produzindo entre eles o hidrogênio, o dióxido de carbono e o metano.

Lista de alimentos flatulentos:

  • Vegetais: agrião, acelga, alho, cebola, brócolis, couve, couve-flor, repolho, batata doce, gengibre, couve de Bruxelas, chucrute, ervilha verde, milho verde, mostarda, pepino, nabo, rabanete, pimentão, pimenta do reino;
  • Doces: caramelos, bolos, bombom, chocolate, doce em pasta, açúcar em excesso;
  • Queijos: principalmente os de alta concentração como mussarela, parmesão, roquefort, gorgonzola;
  • Leguminosas: ervilha, grão de bico, feijão, lentilha, soja;
  • Frutas: abacate, goiaba, maçã, pera crua, melão, melancia, passas;
  • Bebidas: soda, Coca-Cola, café, todas as bebidas com gás;
  • Adoçantes: alimentos contendo sorbitol, como dietéticos, balas e chiclete dietéticos;
  • Outros: condimentos em excesso, alimentos crus ou fritos, alimentos oleaginosos (avelãs, nozes).

É interessante saber que apesar de existirem alimentos considerados flatulentos esse fato não ocorre em todas as pessoas igualmente, isso se deve muitas vezes ao desequilíbrio entre tipos de bactérias benéficas e patogênicas presentes no intestino. Lembro que uma professora na faculdade sempre dizia..”ah…16 pums pode, mais do que isso você pode estar sofrendo de disbiose!!!”, esclarecendo então porque algumas pessoas produzem mais gases do que outras.

O QUE É DISBIOSE?

O intestino não consegue digerir e absorver bem os alimentos. No nosso organismo, 100 trilhões de bactérias de mais de 400 espécies diferentes vivem em um delicado balanço. A nossa flora intestinal tem funções importantes como a síntese de algumas vitaminas e a defesa do nosso organismo.

Por isso a maneira mais simples de evitar a flatulência é pela mudança na alimentação favorecendo uma flora intestinal equilibrada, para isso:

  •  Mastigue bem os alimentos. Engolir a comida sem mastigá-la direito e às pressas atrapalha a digestão e o bolo alimentar pode chegar ao intestino sem estar digerido adequadamente.
  • Comer muito rápido favorece a formação de pum.
  • Não falar enquanto esta comendo.
  • Evitar os alimentos flatulentos que te causem desconforto ou constrangimento.
  • Não se esqueça de que distensão abdominal ou excesso de gases podem estar relacionados aos hábitos alimentares e à dieta. O consumo de bebidas gaseificadas pode originar gases nos intestinos e causar dor abdominal.
  • E… cuidar muito bem da saúde do seu intestino.
  • Beber água, pelo menos 1,5 l/dia.
Imagem do blog Três filhos de Francisco!

CURIOSIDADES:

  1. Mulheres soltam PUM tanto quanto homens? Sim, o caso é que os homens têm mais orgulho disso!!
  2. Soltamos PUM, por volta de 1 litro a 1,5 litro, distribuído em 15 a 20 peidos. “Eles são liberados a qualquer hora do dia ou da noite, quer estejamos acordados ou dormindo”.
  3. Segurar PUM, não adianta, cedo ou tarde, ele vai sair…
  4. PUNS mais barulhentos contêm mais metano, que é um gás inodoro. Já os silenciosos têm uma maior concentração de enxofre, por isso o mau cheiro.

Autora: Iolande Aardoom

ALMEIDA, L. B.; MARINHO, C. B.; SOUZA, C.. S.; PEREIRA, V.B. Disbiose Intestinal. Revista Brasileira Nutrição Clinica v.24 (1): p 58-65., 2009.

Quem tem diabetes pode comer frutas?

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… é uma pergunta que diabéticos fazem, posso consumir frutas? Todas? Afinal, frutas contêm açúcares e por vezes em quantidades significativas. Por outro lado, são fontes de vitaminas, e dessas eu preciso.

Frutas de fato contêm açúcares como frutose, sacarose e glicose. Por outro lado, também são fontes de fibras e de outros polissacarídeos. E esses em boa parte contrabalanceiam os açúcares, diminuindo a sua absorção.

A princípio todas as frutas in natura podem ser consumidas, porém apenas 2 porções diárias são permitidas, de preferência com a casca, como: maçã, pera, caqui, etc…e com o bagaço como: laranja, poncan, mirtilho, amora, uva etc…. É importante ressaltar que não é indicada a ingestão de duas frutas de uma só vez. É interessante consumir a fruta, logo após o café da manha e almoço ou jantar. Caso queira consumir uma fruta no lanche, consuma-o com um biscoito integral, ou com uma oleaginosa, como as castanhas, porque limita o aumento da glicose.

E o suco da fruta?  

Imagem do site: bemnutri.com.br
Imagem do site: bemnutri.com.br

O problema dos sucos, é que eles têm muito menos fibras em relação a frutas inteiras, podendo rapidamente elevar a absorção do açúcar, gerando picos que podem ser prejudiciais à saúde. Se fizer questão de tomar um suco na hora do almoço, tome um suco acrescentando fibras ao suco, como uma folha de couve, banana verde (veja a receita no blog), linhaça, chia ou outros grãos.

Frutas secas  

Imagem do site: blog.tribunadonorte.com.br
Imagem do site: blog.tribunadonorte.com.br

Como a água foi retirada do alimento, elas têm mais nutrientes e açúcar concentrados, sendo que 30 g de frutas secas equivalem a uma fruta inteira. A frutose concentrada nas frutas secas tem o mesmo efeito de qualquer açúcar, eleva a glicemia, por isso o consumo deve ser moderado. Prefira as frutas com mais fibras como, as ameixas pretas, damasco, uvas passas.

Evite: Frutas em caldas, enlatadas e sucos com adição de açúcar.

Lembrete:

  • O consumo de frutas deve ser variado e diário, seguindo a mesma regra da alimentação balanceada. Quanto mais colorido o cardápio, melhor.
  • Fracionar as refeições em 6 vezes ao dia sendo dividido em: café da manhã/ lanche da manhã/ almoço/ lanche da tarde/ jantar e ceia, importante não dar intervalo de mais de 3h. Evitando assim picos glicêmicos.

Autora: Iolande Aardoom

 

Referências:

Revista para Diabéticos: Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD Manual de Nutrição, Pessoa com Diabetes. Efeitos do índice glicêmico no tratamento a longo prazo do diabetes tipo 2.

A qualidade do que você come também vem da panela!

Hoje o assunto é panela!!! Tentei fazer um resumo dos principais materiais encontrados, porém difícil resumir informações importantes. Excluí da pesquisa algumas panelas que acredito não serem usadas com frequência (barro, pedra-sabão, cobre).

A melhor notícia que tenho para dar é: arear panelas, nunca mais! Ainda bem que nunca faço isso na minha casa! rs rs Esse procedimento para todas as panelas é prejudicial (exceto vidro), pois libera substâncias que podem migrar para o alimento e resultar em alergias e até câncer! Então, permito que use a desculpa de não ter suas panelas brilhando porque a nutricionista disse que é prejudicial a saúde! rs

Bem, segue alguns materiais usados atualmente, e que classifiquei do melhor para o pior, segundo minha opinião.

 

PANELAS DE TITÂNIO

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O titânio é um metal leve e muito resistente que teoricamente garante uma panela de excelente qualidade e ideal para o uso já que não liberaria resíduos na comida. Uma panela feita de titânio é quase eterna.

São ótimas para grelhar, fritar e cozer, dificilmente os alimentos grudam. Quase não exige óleo nos preparos.

Como o titânio é muito caro, geralmente elas são feitas em base de alumínio e apenas uma camada jateada do metal resistente. Essa película fina é antiaderente, a exemplo do teflon, não é muito resistente e pode se soltar com o tempo.

CUIDADOS: Evite usar utensílios de metal para não riscas a superfície. Na limpeza não use materiais abrasivos como esponjas de aço.

 

PANELA DE CERÂMICA

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São duráveis se bem cuidadas,  fáceis de limpar, antiaderentes. Seguram bem o calor por um longo tempo, porém demoram muito tempo para esquentar e podem lascar se manuseadas por mãos pesadas.

É importante verificar se a panela tem o selo de qualidade que garanta o não uso de compostos ligados ao chumbo na composição.

INDICAÇÕES: Valem para cozimentos longos e não oferecem risco de liberar metais no alimento (se feitas com material de qualidade) já que são feitas de material natural.

 

INOX

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A panela de inox é ideal para o uso diário e para qualquer preparação. O aço inoxidável (inox) é composto por ferro, cromo e níquel. O niquel é toxico para o organismo (dermatites, asma, sistema nervoso). Antes de utilizar a panela de inox pela primeira vez, deve-se ferver água por 3x consecutivas, descartando a  água após cada fervura. Este procedimento garante a quelação dos minerais, evitando a migraçao do niquel para o alimento.

Cuidados: Não utilize esponja de aço para escovar a panela. Não armazenar alimentos dentro da panela.

 

FERRO:

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Para quem gosta de um bom cozido de carne e de legumes, nada melhor do que a panela de ferro. A vantagem desta panela é que não se deforma com o calor e conserva melhor a temperatura dos alimentos, representando uma boa economia de gás. Não se ganha só sabor cozinhando com a panela de ferro. Alguns estudos têm mostrado que este tipo de utensílio ajuda a evitar o aparecimento de anemia, sendo indicado para crianças, vegetarianos e mulheres que menstruam muito.

Para não enferrujar, depois de lavar com água e sabão, coloque-a no forno bem quente, ou fogo do fogão para secar. Deixe esfriar e passe uma leve camada de óleo antes de guardá-la – por dentro e por fora.

Numa entrevista, o dr. Lair Ribeiro afirma que a ferritina transferida ao alimento pela panela pode se acumular no organismo aumentando a probabilidade de infartos, principalmente em homens. Para as mulheres em idade fértil, que menstruam e assim liberam o excesso de ferritina, encontram-se protegidas dos infartos, mas essa diferença nas estatisticas se nivela quando a mulher alcança a menopausa, aumentando assim a concentraçao de ferritina no organismo (https://www.youtube.com/watch?v=frxMzY2kOtk).

 

ALUMÍNIO:

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As panelas de alumínio são as mais comuns e as mais baratas. Há estudos que levantam suspeita de que a ingestão de alumínio estaria relacionada com a incidência de Alzheimer e Parkinson.  Átomos de alumínio podem desencadear diferentes processos metabólicos associados a doenças do sistema esquelético, neurológico e hematológico.  Pesquisas mostram que a migração do alumínio é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. Na limpeza não utilizar esponja de aço para não liberar mais o alumínio. Se o alimento estiver grudado no fundo da panela, coloque água e ferva.

A ingestão de alumínio em excesso prejudica a absorção de cálcio, magnésio e ferro pelo organismo.

A panela de alumínio não deve ser utilizada para fazer molho de tomate e geléias, pois o meio ácido favorece a migração de alumínio para o alimento. Além disso, não se deve utilizar utensílios de aluminio, pois o atrito entre ambos provoca a liberação de alumínio. Não deixe o alimento esfriar dentro da panela de alumínio e nem armazene o alimento na panela, pois o sal e os ácidos (vinagre, limão) reagem com as substâncias da panela e podem provocar a liberação de substâncias tóxicas.

Há também contra-indicação de utilização da panela de alumínio para pessoas com insuficiência renal.

Para frituras pode ser usada…

 

PANELAS ANTIADERENTES – TEFLON

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Esse é o mais controverso tipo de panela disponível no mercado. Em sua composição estão o ácido perfluorooctanóico (PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE), ambos extremamente problemáticos. O PTFE, quando exposto a altas temperaturas, libera gases tóxicos, como os fluorocarbonos, que causa sintomas similares aos da gripe. Já o PFOA, segundo estudos, está ligado ao desenvolvimento de câncer de rim e fígado, problemas da tireóide, problemas no coraçao e muitas outras complicações.  Essa panela não é indicada para alimentos proteicos (ovo, frango, carne, peixes) pois o contato da proteina com esse material produz aminas triciclicas (cancerígenas). Frituras nesta panela também não são indicados pois pode haver fusão e migração do material para o alimento por conta da temperatura elevada e tempo de cozimento.

Para conservar sua panela por mais tempo, evite o uso de esponja de aço e utensilios de metal (colher, garfo) para mexer os alimentos. Se sua panela antiaderente estiver riscada ou se sua superfície estiver se desprendendo, descarte-a imediatamente.

Não há um tipo de panela perfeita. A escolha deve se basear no tipo de preparação a ser feita e na possibilidade de desprendimento de material toxico nos alimentos. Mas se puder evitar os modelos antiaderentes pois qualquer ranhura na superficie já oferece risco a saúde e as panelas de alumínio, melhor!

Autora: Karen Dykstra Carmona

Referências:

– Inspetor saúde e as panelas. https://www.youtube.com/watch?v=Vsf7ulbTUAE Acesso em: 25 de junho de 2014.

– Você sabe qual a panela ideal para cozinhar uma comida saudável?. Disponível em: http://sandranutricionista.blogspot.com.br/2011/03/voce-sabe-qual-e-panela-ideal-para.html. Acesso em: 25 de junho de 2014.

– A panela pode interferir na qualidade dos alimentos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=l54AMV8zAJo> e <https://www.youtube.com/watch?v=dfaN1NZorO0>. Acesso: 25 de junho de 2014.

– Qual é o melhor tipo de panela? Disponível em: http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1335-qual-e-o-melhor-tipo-de-panela.html . Acesso em: 26 de junho de 2014.

– Panela certa é que faz comida boa: conheça alguns materiais e suas aplicações na cozinha. Disponível em: http://semmedida.com/jornal/panela-certa-e-que-faz-comida-boa-conheca-alguns-tipos-e-suas-aplicacoes-na-cozinha/. Acesso em : 26 de junho de 2014.

– Imagens dos sites: <http://semmedida.com/jornal/panela-certa-e-que-faz-comida-boa-conheca-alguns-tipos-e-suas-aplicacoes-na-cozinha/>; e <http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/1335-qual-e-o-melhor-tipo-de-panela.html>.

Friozinho hoje hein?? Que tal uma sopa bem quentinha?

SOPA CREME DE ERVILHAS FRESCAS 

????????????????????????????????????????Ingredientes

1 kg  de Ervilhas frescas (pode ser a ervilha congelada)
1  talo de alho poró bem picado
1  cebola bem picada
60 g de manteiga
1 colher de sopa de farinha de trigo
1,5 litro de caldo de galinha
01 ramo Hortelã
250 ml Creme de leite
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo:
Em uma caçarola, refogar o alho poró e a cebola na manteiga. Salpicar farinha e misturar bem. Acrescentar o caldo de galinha e ferve-lo junto com o ramo de hortelã e as ervilhas. Tampar e cozinhar por cerca de 15 minutos.

Retirar o ramo e descarta-lo. Passar pelo moedor de legumes ou liquidificador aos poucos e colocar o purê obtido em uma caçarola.

Ferver, temperar com sal e pimenta a gosto e engrossar com redução de creme de leite. Se ficar muito espesso, misturar um pouco de leite. Esta sopa também fica muito gostosa servida fria.

Rendimento: 6 porções

Hum…. vou super curtir um convite! E comentários do que acharam da receita também!!!

Autora: Karen Dykstra Carmona

CARNE NÃO SE LAVA!

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Hoje estava na página de assuntos gerais do MSN e me deparei com esse assunto : “ Autoridades alertam britânicos a não lavar o frango antes de cozinhá-lo. Cozinhá-lo bem é a melhor maneira de acabar com as bactérias. O apelo é feito porque existem novos dados que mostram que 44% das pessoas sempre lavam o frango antes de cozinhá-lo”.

Microrganismos nocivos à saúde estão por toda parte, à espera de um descuido nosso para dar o bote e contaminar o que estiver por perto, podendo provocar de mal-estar, diarréia e até problemas mais sérios.

O hábito de lavar carnes cruas, como a do frango e a do peixe, pode trazer sérios riscos à saúde. Isso porque, durante a lavagem, as bactérias que geralmente vêm nesses alimentos, em vez de irem para o ralo, podem se espalhar ao redor da pia e provocar a contaminação de outros alimentos. A única carne que se lava é o peixe e só para tirar escamas e a barrigada.

Lavar carne não elimina bactérias e sim aumenta a quantidade de água facilitando a proliferação de microrganismos, além de levar à perda de nutrientes. O aumento de água da carne faz com que as bactérias se multipliquem mais. O frango tem duas bactérias que são as principais: Salmonela e Campylobacter.

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A infecção por Campylobacter é uma infecção bacteriana direta que provoca diarréia e geralmente é transmitida por frango mal cozido. As toxinas produzidas pelas bactérias causam intoxicação alimentar tendo como sintomas: dores de estômago, vomito, diarréia, febre, mal estar geral.

Dicas:

  • Para se proteger, você deve ter o hábito de sempre lavar as mãos, superfícies e utensílios quando estiverem em contato com alimentos crus, além de seguir orientações seguras de manipulação dos alimentos.
  • A regra é armazenar as carnes na temperatura apropriada, resfriado de 0 a 4°C por 24 horas, e congelado a -18°C por um ano.
  • Peixes resfriados a 3°C um dia e congelado – 18°C, por 3 meses.
  • Verificar o selo da SIF (selo da Inspeção Federal);
  • Verificar se a embalagem não está danificada;
  • Lavar a embalagem antes de abrir, pra evitar a contaminação da carne.
  • Deve-se descongelar as carnes na geladeira. Caso necessite apressar o processo, utilize a opção de descongelamento do microondas. Nada de mergulhar na água morna ou deixar no sol!
  • Não deixar a carne mais de 30 minutos fora de refrigeração;
  • Após descongelamento da carne, não pode congelá-lo novamente;
  • Cozinhar a carne completamente, pois as bactérias proliferam em temperaturas entre 4,5 graus e 60 graus Celsius.

Autora: Iolande Aardoom

Imagens:

– http://www.matipoweb.com.br/component/k2/item/2597-frango-cru-lavado-tem-mais-chances-de-causar-intoxicacao-alimentar.html

– perolasdanay.blogspot.com

A SUA COMIDA E AS BACTÉRIAS!!

Uma das disciplinas do curso de nutrição que boicotou meu prazer de comer fora foi a de “Higiene”.  Lembro perfeitamente quando nossa professora mencionou na primeira aula que sempre puxava a cordinha da descarga em locais públicos pela parte mais alta, uma vez que morria de nojo  de pegar onde todos alcançam sem antes lavar as mãos! Rs E por falar em mãos, as manobras dela pra não encostar na torneira e depois no trinco da porta eram hilárias.  Hoje, quando a descarga é de cordinha, estou sempre na ponta dos pés, para pegar ela lá em cima! rs… O mundo passou a ser contaminado, e as pessoas foco de contaminação.  Comer fora, em feira… tsc tsc tsc…

Ouvimos  muitas histórias, e depois na pratica, vimos muitos erros frequentes dos manipuladores que contaminam os alimentos que nos é servido. Um exemplo clássico: você experimenta a comida com a colher e volta com a mesma para continuar mexendo o alimento? Ou experimenta colocando a comida com a colher na mão?  Depois que experimentou na mão, lava a mão ou seca na roupa? E a colher que encostou na sua mão? Aham….  isso se chama contaminação cruzada. Você sabia que a pessoa que mexe com alimentos pode ser o maior responsável pelo transporte de microrganismos para os alimentos?

Bem, a resposta para a pergunta acima: experimente um alimento com uma colher e coloque-a imediatamente para lavar. Pegue uma colher limpa toda a vez que for experimentar algo… Em casa também… seus micróbios não são mais limpinhos do que a do manipulador do carrinho de cachorro quente!!

Listei abaixo algumas “regrinhas” que garantem mais segurança no preparo dos alimentos para serem praticados em casa.  Num treinamento mais especifico para manipuladores de restaurantes, muitas outras considerações são feitas, mas tenha em mente que quanto maior o controle, maior a segurança alimentar.

Higiene no preparo dos alimentos

  1. Lave bem as mãos antes de preparar os alimentos.
    imagem do site: imoveis.culturamix.com
  2. Não mexa no seu nariz, nos cabelos, ou em qualquer outra parte do seu corpo… se o fizer, LAVE AS MÃOS antes de tocar nos alimentos novamente.  A título de curiosidade, segue quantidade  aproximada de bactérias no ser humano:
    • Nos poros – 10 a 62.500 bactérias.
    • Nas costas – 300 bactérias/cm2
    • No couro cabeludo – 1.500.000 bactérias/cm2
    • Nas axilas – 2.500.000 bactérias/cm2
  3. Não utilize a tábua em que cortou carnes para cortar legumes, pães, verduras e frutas. Utilize uma tábua exclusiva para alimentos cozidos.  Atenção para a tábua – é um foco de contaminação importante numa cozinha.
    Imagem do site www.perfecta.com.br
  4. Armazene alimentos in natura e preparados em locais diferentes na geladeira e no freezer. Coloque os alimentos prontos acima dos crus, para evitar respingos e contaminação.
  5. Alimentos prontos sempre envoltos por plástico filme ou com tampa.
  6. Descongelar carne por completo NA GELADEIRA, antes de prepara-los.
  7. Os pratos prontos devem ser totalmente reaquecidos (ferver).  DICA: pratos quentes devem ser servidos BEM QUENTES e pratos frios, bem frios.
  8. Carne, frango, peixe e ovos devem ser cozidos por completo. Nas carnes, o suco que escorre do seu interior ao serem perfuradas deve ser claro.
  9. Higienize (lavar + desinfetar) bem as frutas e vegetais que serão consumidos crus.
  10. As sobras devem ser consumidas em 2 dias e reaquecidas uma única vez.
  11. Mantenha a temperatura da geladeira a 4oC e a do freezer, igual ou inferior a -18oC.
    Imagem do site: saudenamesa2.blogspot.com
  12. NÃO volte a congelar alimentos completamente ou parcialmente descongelados.
  13. Alimentos com a validade vencida devem ser descartados.
  14. Não deixe alimentos congelados por muito tempo. Consulte o manual do seu freezer para saber quanto tempo é indicado para cada alimento.
  15. Resto não é sobra. Resto vai pro lixo e sobra pode ser consumido mais tarde. No caso de restaurantes, o que sobrou na cuba que foi para o buffet não é sobra e sim resto… não pode ser reaproveitado!!

Ah, só para esclarecer ainda uma coisinha bem importante:

O alimento estragado – contem microrganismos deteriorantes. Esses produtos apresentam alteração de cor, odor, sabor, textura e, por isso são rejeitados pelos consumidores.

O alimento contaminado – contem microrganismos patogênicos (causam doença).  Esses produtos NÃO APRESENTAM ALTERAÇÕES nas suas características (cor, odor, sabor e textura) e, portanto, são consumidos sem que se perceba qualquer problema. O consumidor irá perceber depois, com sintomas como dores de barriga, vômitos e diarréia.

Então, se a comida não foi preparada com higiene ou não foi mantida sob condições ideais de temperatura,  descarte, pois não há como saber se é seguro consumí-lo ou não!!

Ah, e para pensar um pouco antes de tratar mal o seu garçom/cozinheiro:

Bom apetite!! rs

Autora: Karen  Dykstra Carmona

Mastigue e… emagreça?

Quantas vezes você mastiga o alimento??? Ou… nunca pensou nisso??

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Na correria cotidiana, não temos tempo pra mais nada… temos que nos desdobrar, fazer a coisa acontecer, resolver problemas e ainda cuidar das refeições… “Ah, pode ser um lanche rápido, ou mesmo o jantar no sofazão com a TV ligada, pois não dá pra perder as principais notícias, ou aquela novela…” Mas espera ai!! Nessa correria você lembra do que comeu??? E mais, quantas vezes você MASTIGOU???

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Em todo o processo da alimentação, a mastigação tem um papel suuuper importante!!!. A digestão inicia na boca, onde os alimentos são triturados e misturados a enzimas presentes na saliva, tornando o alimento mastigado em uma massa macia ou o “bolo alimentar”. A saliva faz com que o bolo alimentar fique escorregadio, tornando mais fácil de ser engolido. O bolo alimentar chega no estômago, onde o ácido clorídrico é liberado, quebrando moléculas dos alimentos grandes em menores, e  a liquefação do bolo alimentar. Daqui por diante existe todo um processo de absorção dos micronutrientes, sim, eu falei micronutrientes. Voltando ao processo de mastigação… quantas vezes você mastiga seu alimento??? É bom lembrar que o nosso estômago NÂO TEM DENTES!!!

A mastigação inadequada pode levar a uma série de problemas no aparelho digestivo, como gastrite, dispepsias, úlcera, duodenites e doenças de refluxo. Isso porque quando engolimos pedaços grandes e mal mastigados de comida, o estômago tem que fazer um maior esforço para triturá-los e digeri-los.

Se muitas vezes nem prestamos atenção no que estamos engolindo, quanto mais em como degustar os alimentos. A mastigação torna-se automática, acelerada, sem que se perceba os sabores e as texturas do alimento. Aí, a qualidade dos nutrientes e a mastigação ficam capengas. “Alimentos mal mastigados são mal aproveitados pelo organismo”, diz a nutricionista Paula Ribeiro, autora do livro Comer Bem! Como? Para promover uma absorção de nutrientes de forma satisfatória é preciso auxiliar o tubo digestivo a produzir mais enzimas e movimentos intensos. E isso se faz com mastigação adequada e longa. Sem contar que a pressa contribui para o estresse como um todo.

Devemos mastigar o alimento pelo menos de 30 a 50 vezes, isso mesmo de 30 a 50 vezes!!! Claro depende também da textura do alimento, alimentos semi-sólidos, requerem menos tempo de mastigação.

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Mastigar adequadamente é também um grande aliado para a perda de peso. Um dos principais motivos é simplesmente que, quando se come lentamente, come-se menos. A explicação para isso é que mastigar várias vezes e em ritmo lento contribui para que o organismo sinta-se saciado com a ingestão de uma quantidade menor de comida. Saiba que : O nosso organismo leva cerca de 15 a 20 minutos para avisar o cérebro de que está saciado.

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Que tal fazer algumas mudanças em sua casa? Sentar-se à mesa com a família pelo menos uma vez por dia, em um ambiente acolhedor, sem brigas e discussões. As crianças sempre estão muito atentas às ações dos pais…observam o que eles estão comendo, e acabam aumentando o repertório de alimentos, desenvolvendo cada vez mais uma relação saudável com a comida, e mais…MASTIGANDO bem os alimentos!!!

Autora: Iolande Aardoom.

MANDIOQUEIJO

Recentemente entrei num grupo do facebook que tem como membros mães e pais com filhos que sofrem de alergia a proteína do leite de vaca (APLV).

Muitas dessas crianças sofrem com alergia também a soja e ovo. Enfim, difícil pensar em receitas que excluem esses ingredientes e especialmente os traços de leite e soja.

Achei interessante a criatividade com que algumas mães elaboram receitas e compartilham  neste grupo. E uma destas receitas me chamou a atenção… o mandioqueijo. Substitui o queijo em diversas receitas e dizem ser muito saboroso. Em breve farei um teste da receita, mas enquanto isso, segue a receita pra quem precisar ou se interessar:

Mandioqueijo

3 xícaras  (chá) purê de mandioca

2 xícaras (chá) água do cozimento da mandioca

1 xícara de polvilho doce

1 xícara de polvilho azedo

1/2 xícara de azeite

1 colher (chá) sal

Suco de 1/2 limão

Orégano ou outra erva que agradar

Bater tudo no liquidificador, até ficar pastoso. Levar ao fogo por mais ou menos 8 minutos mexendo sempre sem ferver. Coloque em um recipiente que dê formato de queijo, leve a geladeira.

O uso desse queijo é ideal para fazer pizzas, tortas, panquecas… Tudo que precise aquecer.

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Receita fornecida por Regiane Carvalho de Souza!

 

Autora: Karen Dykstra Carmona

 

Imagens:

– Pratos e quitutes: mandioqueijo. Disponível em: pratosequitutes.blogspot.com

É alergia! Certeza?

ALERGIA ALIMENTAR X INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

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A alergia alimentar ou (hipersensibilidade alimentar) é uma reação indesejável que ocorre após a ingestão de determinados alimentos ou aditivos alimentares. Sempre envolve um mecanismo imunológico, expressando-se através de sintomas muito diversos. A alergia alimentar é, simplificando ao máximo, uma resposta exagerada do organismo à determinada substância presente nos alimentos. As alergias alimentares podem expressar-se como urticárias, dermatites, rinites, sinusites, asma, e até quadros graves como edema de glote e anafilaxia.

Os alimentos mais envolvidos nas alergias: ovo, peixe, farinha de trigo, leite de vaca, soja e crustáceos. As reações graves (anafiláticas) estão, na maior parte das vezes, relacionadas à ingestão de crustáceos, leite de vaca, amendoim, e nozes. O chocolate raramente causa alergia, quando isto acontece, torna-se necessário pesquisar alergia ao leite de vaca ou à soja, usados em sua fabricação.

Os fatores mais envolvidos na alergia alimentares: histórico de alergia na família (a chance dobra se um dos pais tem alergia), a capacidade de certos alimentos de produzir alergia, permeabilidade do sistema digestivo ou falha dos mecanismos de defesa, ao nível do trato gastrointestinal.

A alergia alimentar por leite de vaca, ovo, trigo e soja desaparecem, geralmente, na infância ao contrário da alergia a amendoim, nozes e frutos do mar que podem ser mais duradouras e algumas vezes por toda a vida.

ALERGIA ALIMENTAR IMEDIATA
SINTOMAS MODERADOS:Em geral, as reações afetam a pele, o sistema respiratório e o intestino.Consulte um médico.

–       Rubor, urticária ou irritação vermelha ao redor da boca, língua ou olhos. Pode se espalhar pelo corpo todo.

–       Inchaço moderado, principalmente dos lábios, olhos e rosto.

–       Nariz entupido ou escorrendo, espirros e olhos lacrimejantes.

–       Náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarréia.

–       Irritação ou coceira na garganta e no interior da boca.

SINTOMAS GRAVES (anafilaxia)Quadro de emergência – BUSQUE SOCORRO.–       Peito chiado ou dificuldade de respirar.

–       Inchaço da boca e da garganta, bloqueando as vias aéreas. Reconhecido pela respiração ruidosa (especialmente ao inspirar) tosse e alteração no choro ou na voz do bebê (se este for caso).

–       Prostração, desarticulação e desmaio.

 

ALERGIA ALIMENTAR TARDIA
Sintomas incluem:–       Dermatite tópica.–       Refluxo.

–       Retardo no crescimento infantil.

–       Inchaço do intestino delgado.

–       Constipação e/ou diarréia.

–       Dor abdominal ao levar o joelho ao peito.

–       Irritação e choro contínuo (bebês e crianças).

A intolerância alimentar é causada pela deficiência ou ausência de alguma enzima digestiva. O exemplo mais comum é a intolerância ao leite de vaca, quando o organismo não produz quantidades suficientes da enzima lactase para a metabolização do açúcar do leite, a lactose. Outro exemplo é a doença celíaca, onde uma pessoa tem uma reação adversa glúten.

Os sintomas são, em sua maioria, gastrintestinais, como náuseas e diarréias, embora sintomas sistêmicos (no corpo todo) possam aparecer em virtude da deterioração da saúde intestinal.

As intolerâncias alimentares, também podem ser confundidos com outros distúrbios digestivos que pode produzir sintomas semelhantes, como a doença inflamatória intestinal, obstrução gastrointestinal ou síndrome do intestino irritável.

Mas como tratar essas alterações? Primeiro é preciso saber a qual tipo de alimento você é alérgico ou tem intolerância.

E como fazer? É simples, existem exames (cutâneos, de sangue e provocação oral) específicos que podem identificar a qual (is) alimento (s) uma pessoa pode ter alergia ou intolerância.

Caso isso não seja possível, o ideal é fazer uma “dieta de exclusão”, onde se exclui da dieta todo alimento que possa estar causando essas reações. Após um período pré-determinado de exclusão, o possível alimento alergênico deve ser reintroduzido para que se possa fazer uma avaliação da ocorrência de qualquer tipo de reação alérgica ou intolerância.

CURIOSIDADE: Os testes de provocação oral garante com mais exatidão o diagnóstico de alergia alimentar. Ele consiste em oferecer o alimento e/ou placebo em doses crescentes e regulares, sob supervisão médica, com o monitoramento concomitante das possíveis reações clinicas.

Uma vez estabelecido o diagnóstico de alergia alimentar, a única terapia comprovadamente eficaz é a exclusão do alérgeno. O paciente e toda a família, devem ser educados e informados detalhadamente sobre como garantir de fato a exclusão do alérgeno alimentar (p. ex: leitura de rótulos), evitar situações de risco (p. ex: alimentação em aniversários, festas e buffets), reconhecer os sintomas e instituir o tratamento precoce de possíveis reações anafiláticas. O tratamento medicamentoso pode ser realizado com várias drogas.

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http://www.data4good.com.br/tag/alergia-alimentar/

Autoras: Iolande Aardoom e Karen Dykstra Carmona

Referências:

PASCHOAL, V.; NAVES A.; FONSECA, A.B.P.B.L. Nutrição Clinica Funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo. Editora Valéria Paschoal Ltda., 2007

KARMEL, A. O livro Essencial da Alimentação Infantil. Tradução Elenice Barbosa de Araujo. Sao Paulo: Publifolha, 2010.

WEFFORT , V.S. Alergia Alimentar. Disponível em: http://www.somape.com.br/ALERGIA%20%20ALIMENTAR%202010.pdf. Acesso em: 22 de maio de 2014.

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– www.bambuchuveroso.com.br

Por que o plástico (BPA) e o micro-ondas me incomodam?

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Na busca de um copo de transição mais apropriado para meu filho passei algumas horas numa loja de produtos infantis,  examinando o rótulo deles… Gostaria de algo prático, que pudesse ser colocado diretamente no micro-ondas para aquecer o leite. Para minha surpresa, a maioria deles NÃO PODE SER LEVADO AO MICRO-ONDAS, inclusive MAMADEIRAS.

Claro que atualmente o selo BPA free deve ser essencial no momento da escolha, mas sempre relacionei essa informação com a  possibilidade de colocar o copo/mamadeira no micro-ondas… E lá se foram 2 anos esquentando a mamadeira diretamente no micro-ondas. Aff!

No site da Nuk (http://www.nuk.com.br/faq.asp) por exemplo, não há indicação de nenhum produto (BPA free) da marca para uso direto no micro-ondas, tampouco na maquina de lavar louças… “…com mamadeiras de plásticos (PP) há o risco de que o material seja afetado ou ainda seja deformado”.

Voltando a minha pesquisa na loja… encontrei somente 1 copo que permitia o uso no micro-ondas. Origem tailandesa (ou algo do tipo) e sem o selo do Inmetro… Achei meio duvidoso e preferi comprar marca conhecida e adaptar nossa rotina, aquecendo o leite no micro-ondas em jarra de vidro!

Bem, para esclarecer o tal BPA free… é uma substância usada na produção de policarbonato (plástico) e em vernizes epóxi, que proporciona transparência, resistência mecânica e resistência a altas temperaturas. E por este motivo, o policarbonato era utilizado para a fabricação de mamadeiras e copos infantis. Atualmente ainda é utilizado para garrafões retornáveis (20 litros) de água mineral, além de outras embalagens e utensílios. O Bisfenol A (BPA) está presente, também, em revestimento de latas de molhos e conservas.

A preocupação com a migração do material para o alimento surgiu com alguns estudos de toxicidade sobre desenvolvimento e sobre reprodução mas que somente apresentam problemas em doses elevadas, quando apresentam; alguns poucos estudos mostraram associação de desfechos emergentes (como desenvolvimento neurológico específico ao sexo, ansiedade, mudanças pré-neoplásicas nas glândulas mamárias e próstata de ratos e parâmetros visuais do esperma) com doses mais baixas de BPA. Segundo os especialistas, devido à considerável incerteza relacionada com a validade e relevância destas observações referentes a baixas doses de BPA seria prematuro afirmar que estas avaliações fornecem uma estimativa realista do risco à saúde humana. No entanto, estes resultados devem orientar estudos a fim de reduzir as incertezas existentes.

“Por precaução, alguns países, inclusive o Brasil, optaram por proibir a importação e fabricação de mamadeiras que contenham Bisfenol A, considerando a maior exposição e susceptibilidade dos indivíduos usuários deste produto. Esta proibição está vigente desde janeiro de 2012 e foi feita por meio da Resolução RDC n. 41/2011. Assim, mamadeiras em policarbonato não podem ser comercializadas no Brasil” (ANVISA).

DICA:

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Para identificar se um plástico contém em sua composição o Bisfenol A, verifique a embalagem, geralmente no fundo, onde aparece a sua composição, o símbolo de reciclagem e um número (de 3, 6 e 7 –  são os plásticos com maior probabilidade de liberarem substancias nos alimentos e líquidos quando aquecidos). Neste caso, evite aquecer o alimento ou liquido neste recipiente… prefira sempre o vidro!!

O plástico está tão presente na nossa rotina (garrafas de sucos e refris, potes de armazenamento, copos e pratos para festa, talheres e etc…) que quando puder evitar o contato, especialmente  das crianças… faça isso!!

Autora: Karen Dykstra Carmona

 

 

–       Fonte: Site da ANVISA: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home/alimentos/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_A3cvA_2CbEdFADQgSKI!/?1dmy&urile=wcm%3Apath%3A/anvisa+portal/anvisa/inicio/alimentos/publicacao+alimentos/bisfenol+a. Acesso: 20 de maio de 2014.

– Imagens:

1) Blog Tabernaculonet. Disponível em: www.tabernaculonet.com.br. Acesso em: 20 de maio de 2014.

2) Bisfenol A, el enemigo que guarda tu comida. Ana Munix. Disponível em: <megustaestarbien.com>. Acesso: 20 de maio de 2014.