Raiz-forte e Wasabi – propriedades nutricionais

No último post falei sobre o consumo do Wasabi – #SQN. Fiquei um pouco preocupada se manchei a reputação da raiz forte, rs. Fiz uma pequena pesquisa para comparar as duas raízes e pude perceber que são muito semelhantes nutricionalmente e que consumir raiz-forte é tão bom quanto consumir wasabi, embora muito mais em conta e mais fácil de encontrar. Então, vamos ao que interessa, rs:

RAIZ-FORTE

A raiz-forte (Armoracia rusticana) é uma parente próxima da mostarda e contém um óleo essencial que produz calor e picância. Este óleo essencial, presente na mostarda e também na raiz-forte é chamado de a alil isotiocianato. É essa substancia que é a responsável pela pungência e em diminuir a viabilidade das bactérias, ou seja, é bactericida. Por isso, na culinária japonesa é muito interessante associar o consumo com peixe cru, para diminuir o risco de intoxicação alimentar.

A raiz-forte é também muito usada em molhos, patês, maionese, sour cream… Caso não seja consumida logo após moê-la ou desidratada imediatamente, um processo químico começa a degradação e pode produzir um sabor amargo ao invés de um sabor picante. Para manter suas características por mais tempo, imediatamente após ser moído/ralado deve ser imerso em vinagre destilado ou álcool. Assim como, aquecer a raiz-forte tende a quebrar o óleo essencial presente, reduzindo sua pungência.

Nos Estados Unidos e Reino Unido a raiz-forte é muito consumida em forma de molho acompanhando o roast beef ou prime rib.

A raiz-forte tem um potencial de irritação severa (não aplique diretamente na pele), mas é reconhecida como segura para o consumo humano como tempero e condimento natural, ou seja, em pequenas quantidades.

As propriedades medicinais da raiz forte: anti-séptica, antiescorbútica pois é rica em acido ascórbico, digestiva, estimulante, estomáquica, laxativa, vermífuga e diurética. Algumas outras indicações: gripe (20g/dia no preparo de xarope), febre, infecção urinária, reumatismo, dor muscular, bronquite e ronquidão.

Conforme o site Plantas que Curam, a raiz-forte deve ser evitada durante a gravidez e a lactação por ser irritante tóxicos às membranas mucosas. Pessoas com problemas de estômago ou intestino não devem usar. Pode ocorrer ode causar náusea, queimação, vômito e irritações de: pele, nasal, lágrimas.

Superdosagem: A ingestão de grandes quantidades pode causar o vómito e diarréias sanguinolentas.

WASABI

Assim como a raiz-forte, o wasabi é também da mesma família Brassicae e tem características nutricionais semelhantes. A raiz forte é mais picante, enquanto o wasabi tem maior complexidade de sabor, com pungência mais suave. Também é ligeiramente mais fibrosa que a raiz forte, ou seja, apresenta mais fibras.

No passado no Japão, era utilizada como planta medicinal e antídoto para envenenamentos por ingestão de alimentos, por isso era e continua sendo servida com peixe cru. É utilizada para acompanhar sushi e sashimi, tradicionais pratos da comida oriental.

O Wasabi é rico em potássio, fósforo, cálcio, magnésio, vitamina C, antioxidante e uma substância chamada isotiocianato, um composto que auxilia no processo digestivo dos alimentos e ainda possui um poder antibactericida e antiséptica.

Pode ser consumida da mesma forma que a raiz forte e necessita dos mesmos cuidados após ser ralada ou moída (imergir imediatamente em vinagre ou alcool para evitar o escurecimento e aparecimento do sabor amargo).

Sugestões de consumo:

cucumber

  • Natural, ralada ou em lâminas finas;
  • Adicionada em molhos;
  • Servida com carnes, presunto e peixes, especialmente os defumados; ideal para vinagretes e conservas;
  • Para acentuar o sabor de condimento à base de mostarda;
  • Para aromatizar vinagre ou azeite de oliva.

Segue abaixo as tabelas nutricionais da Raiz-Forte (FONTE: UNIFESP) e do Wasabi (FONTE: WIKIPEDIA e EHOW). Ok, confesso a falta de confiabilidade nesses dados adquiridos pelos últimos dois sites, porém, por ser um rizoma não existente no Brasil, não pude obter os dados nas atuais tabelas nutricionais brasileiras disponíveis online.

Composição nutricional em 100g da Raiz Forte, segundo a UNIFESP:

Raiz forte – 100g
Calorias – 37 kcal
Carboidratos – 8,53g
Proteínas – 2,1 g
Lipidios – 0,2g
Fibra – 3,2g
Sódio – 42mg
Potássio – 461mg
Calcio – 30mg
Ferro – 0,36mg
Magnesio – 45mg
Vitamina C – 141mg
Vitamina A – 74IU

Composição nutricional em 100g de WASABI:

Informação nutricional (fonte: Wikipedia) de 100g de wasabi Informação nutricional (fonte: site Ehow) de 100g de wasabi
Calorias – 109 Calorias – 105
Carboidratos – 24g Carboidratos – 23,5g
Proteínas – 4,8g Proteínas – 4,7g
Lipídios – 0,6g Lipídios – 0,9g
Fibra – 8g Fibra – 7,64g
Sódio – 17mg Sódio – 17,64mg
Potássio – 568mg Potássio – ???
Cálcio – 128mg Cálcio – 160mg
Ferro – 1mg Ferro – 1,4mg
Magnésio – 69mg Magnésio – 90g
Vitamina C – 41,9mg Vitamina C – 72mg
Vitamina A – 35 IU Vitamina A – 16 IU

Muito interessante observar o uso desses condimentos em outras preparações. Confesso que meu consumo de raiz forte é restrito à culinária japonesa. Acho que vou me aventurar na cozinha e aproveitar os benefícios da raiz-forte!!

Se quiserem compartilhar receitas com raiz-forte, mande um email para [email protected]

Um abraço,

Autora: Karen Dykstra Carmona

Referências:

Tabela nutricional do wasabi. Disponível em: http://www.ehow.com.br/fatos-sobre-planta-wasabi-suas-informacoes-nutricionais-info_32005/. Acesso em: 23 de agosto de 2015.
– Antibacterial Mechanism of Allyl Isothiocyanate. Disponível em: https://books.google.com.br. Acesso em 23 de agosto de 2015.
–        Enciclopédia agrícola brasileira: E-H. Disponível clicando aqui. Acesso em: 23 de agosto de 2015.
http://www.wisegeek.com/what-is-horseradish-powder.htm
Raiz forte. Disponível em: <http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/razi-forte.html#.Vdh_iixViko#ixzz3jYJEIV1R>. Acesso em: 23 de agosto de 2015.
Raiz forte. Disponível em: <http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinais-raiz-forte.html>. Acesso em: 23 de agosto de 2015.
Tabela nutricional da raiz-forte. Disponível em: <http://www2.unifesp.br/dis/servicos/nutri/public/alimento/nutriente/id/11620>. Acesso em: 23 de agosto de 2015.
Além de uma simples pasta. Disponível em: http://doutorgourmet.com/2012/02/01/wasabi-alem-de-uma-simples-pasta/. Acesso em: 23 de agosto de 2015.