MÉTODOS DE COCÇÃO

Em dia de panelaço (15/03/2015) o assunto no blog vai ser sobre o melhor método de preparo dos alimentos. Para saber mais sobre qual panela é a mais indicada, clique aqui!

1 – ALIMENTOS CRUS – é o melhor maneira de se beneficiar de todos os nutrientes disponíveis dos legumes, verduras, frutas, oleaginosas e sementes. São fontes importantes de fibras, favorecendo o trânsito intestinal e eliminação de toxinas.

2 – VAPOR – é a melhor maneira de preservar seus nutrientes. Numa panela de base adicione um pouco de água e coloque a comida (peixe, legumes) em cima da cesta acima da água fervente (existem panelas especiais para esta técnica de preparo). O vapor vai cozinhar a comida em poucos minutos. Brócolis, couve flor, cenoura e vagem por serem mais densos necessitam em média 5 minutos ou mais. Já as folhas como espinafre, necessitam de apenas 1 minuto.

Imagem do site: www.clickgratis.com.br

O ideal é cozinhar os legumes al dente, no vapor, para reter as cores vivas, as fibras e os nutrientes.

Para cozinhar o peixe, é necessário cerca de 10 minutos, e o processo preserva as gorduras “boas”que a maioria dos peixes contem, bem como as vitaminas B solúveis em água.

DICA: para intensificar o sabor e a fragrância de peixes cozidos no vapor coloque na água – gengibre, suco de limão ou ervas aromáticas.

3 – FERVURA – é o modo mais eficiente de deixar os alimentos sem gosto, sem vida e com poucos nutrientes.

Lembre-se de que ferver legumes destrói aproximadamente 40% das vitaminas B e 70% da vitamina C.

Atenção: Quanto maior a quantidade de água na panela, maior a perda de nutrientes!! A perda de nutrientes é ainda maior se os legumes forem cortados em pedaços pequenos.

Se precisar ferver algum alimento, faça isso pelo menor tempo possível, usando apenas pequena quantidade de água para preservar ao máximo os seus nutrientes.

4 – FRITURA – a fritura torna os alimentos mais apetitosos e atrativos, so que potencialmente prejudiciais. Mesmo que o alimento seja frito rapidamente, o calor excessivo destrói os nutrientes e os óleos sensíveis como o dos peixes oleosos.

O óleo quando aquecido gera grande quantidade de radicais livres que são muito prejudiciais ao corpo, podendo causar o câncer, doença cardíaca e envelhecimento prematuro. Leia mais no nosso post “FRITURAS: Saiba mais”.

Sabe-se que tostar os alimentos por fritura, ou pior, deixá-los queimar um pouquinho, tem efeito carcinogênico. Até mesmo a fumaça da fritura pode ser perigosa (pode provocar câncer de pulmão ou na garganta).

As vitaminas solúveis em água (B ou C) e gordura (D, A, K e E) se perdem quando fritamos os alimentos. Ao fritarmos carnes e aves, reduzimos em até 30% a vitamina B nelas contida.

5 – REFOGAR – é uma alternativa mais saudável do que fritar os alimentos. Por utilizar óleo, mesmo que em menor quantidade, alguns nutrientes se perdem e as gorduras são quimicamente modificadas. Se o cozimento for rápido, o prejuízo é menor.

6 – MICROONDAS – as micro-ondas fazem as moléculas dos alimentos vibrarem, sendo que essa agitação gera o calor que cozinha os alimentos. Essas micro-ondas saem das paredes do forno e entram na comida. A concentração de nutrientes dos alimentos se mantém razoavelmente alta após o aquecimento no aparelho, provavelmente por causa do curto tempo de cozimento.

7 – COCÇÃO EM FOGO BRANDO – é um processo mais lento. Geralmente é utilizado para fazer ensopados e sopas. Cozinhar em fogo brando garante que além do alimento, o seu caldo também seja consumido, aproveitando os nutrientes transferidos para o líquido.

Sua vantagem é o cozimento lento, geralmente a temperaturas inferiores ao ponto de ebulição. Como a perda de nutrientes e minerais aumenta com a temperatura, esse método não afeta tanto os nutrientes.  Além disso, torna as proteínas mais fáceis de serem digeridas.

8 – ASSAR – o teor de gordura dos alimentos quase não sofre alteração, desde que o forno não esteja quente demais. Mas atenção, quando a gordura se queima, ela se torna carcinogênica!

Algumas vitaminas solúveis em água (C e B) se perdem nesse processo. Quanto maior o tempo de forno, maior é a perda de vitaminas. O mesmo vale para a temperatura – quanto mais alta, menor a concentração de nutrientes.

9 – CHURRASCO – Tostar ligeiramente as carnes torna-as carcinogênicas – ao entrar em contato com a garganta e o trato digestório, prejudica as células, aumentando os radicais livres.

Não permita que a chama entre em contato direto com a carne. Dê preferencia por assar a carne somente sobre a brasa, em cortes finos que não precisem muito tempo em contato com o calor e assem bem por dentro!

Então, se forem sair hoje a tarde para protestar… usem a fritadeira rsrs! Essa é a mais descartável na sua cozinha!!!

Autora: Karen Dykstra Carmona

Referência:

EDGSON, V.; MARBER, I. Doutor alimento – Guia prático de nutrição para a família. São Paulo: Alaúde Editorial, 2012.

PEIXE NA INTRODUÇÃO DOS ALIMENTOS

Muitas pessoas tem receio em oferecer peixe para bebês. Saiba que  a introdução de certos alimentos potencialmente alergênicos, como ovo e peixe, pode ser realizada a partir do sexto mês de vida mesmo em crianças com história familiar de alergia (neste caso, ofereça o peixe e observe se há alguma reação de alergia). A introdução desses alimentos a partir dos 6 meses tem menor risco de desfechos alérgicos. Alguns estudos apontam que a introdução após 1 ano parece aumentar ainda mais os riscos de alergia!!!

O peixe é importante por ser uma excelente fonte de proteína, e os peixes oleosos (como salmão, atum, sardinha e cavalinha) são ricos em ácidos graxos essenciais (DHA), indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento, principalmente da visão e do cérebro.

Mesmo após a infância, o consumo de DHA continua sendo  muito importante pois, há evidências dos benefícios  em diversas condições como doenças cardíacas, depressão, artrites e déficit de atenção.

Recomenda-se oferecer peixes gordurosos para crianças até 2 vezes na semana. Peixes mais brancos como linguado, pescada branca e tilápia também são fonte de DHA, embora apresentem menor quantidade desse nutriente.

Inicialmente, as crianças aceitam melhor os peixes brancos. Assim que seu filho se acostumar ao sabor e à textura, ofereça os peixes mais oleosos, com sabor mais acentuado, pois são mais ricos em DHA.

O peixe pode ser cozido, desfeito em lascas, empanado, moído em bolinhos e servido feito iscas. Torta de peixe também pode ser um sucesso!!

Bom, copiei algumas receitas de papas  de peixe que podem ser oferecidas para bebês! Bon apetit!

PAPINHA DE PEIXE COM LEGUMES (a partir de 6 meses)

INGREDIENTES

1 colher de sopa de óleo de girassol

50 g de filé de peixe (atenção para os espinhos)

1 colher de chá de cebola picada

 1 batata pequena em fatias finas

1/2 chuchu

1 colher de sopa de couve picada

1 copo americano de água

1 pequena pitada de sal

Modo de Preparo

Em uma panela aqueça o óleo para refogar a cebola e o peixe. Acrescentar os demais ingredientes. Cobrir com água. Tampar e cozinhar em fogo médio até que os ingredientes fiquem macios e com pouco caldo. Amassar com o garfo e servir em seguida!

Observação: consumir em até 24 horas.

Receita adaptada do site Comer para Crescer.

PURÊ DE PEIXE, BATATA DOCE E BROCOLIS (a partir dos 9 a 12 meses)

Ingredientes:

1/2 batata doce descascada em cubinhos

2 floretes de brocolis cortado

115g de filé de pescada branca em tirinhas

4 colheres de sopa de leite

20g de mussarela ralada

Modo de preparo:

Espalhe os cubinhos de batata doce e os brócoflis numa panela a vapor. Deixe cozer por 6-8 minutos, até estarem macios.

Enquanto isso, coloque o peixe em uma panela pequena, cubra com o leite e cozinhe por 2 minutos, até desmanchar. Retire do fogo e incorpore a mussarela até derreter e triture com um mixer ou processador de alimentos. Se necessário, junte mais leite.

Resfrie o quanto antes. Antes de servir, aqueça muito bem.

Receita do livro: O livro essencial da alimentação infantil.

Papinha de Salmão, Cenoura e Ervilha com Queijo (dos 9 a 12 meses)

Ingredientes:

150ml de caldo de legumes (não industrializado) ou água

1/2 batata descascada em cubinhos

1 cenoura descascada em cubinhos

115 g de filé de salmão sem pele e cortado em cubos de 1 cm

2 colheres de sopa de ervilha fresca congelada

30g de mussarela ralada

1 a 2 colheres de sopa de leite (materno ou fórmula infantil)

Modo de preparo:

Leve o caldo com a batata  e a cenoura para ferver. Abaixe o fogo, tampe e cozinhe por uns 6 minutos ou até os legumes amolecerem.

Junte o salmão e as ervilhas. Tampe novamente e cozinhe por mais 3-4 minutos, até que o salmão comece a soltar lascas.

Coloque o cozido em uma tigela e incorpore a mussarela ralada. Amasse com um garfo, até a consistência desejada. Se necessario, acrescente o leite.

Esfrie o quanto antes, cubra e leve a geladeira. Se preferir, congele em porções individuais. Para usar, descongele durante a noite na geladeira, então aqueça até ficar bem quente. Mexa bem e deixe amornar antes de servir.

Receita do livro: O livro essencial da alimentação infantil.

 Referências:

Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia. Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/pdfs/14617a-PDManualNutrologia-Alimentacao.pdf>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2015. KARMEL, A. O livro essencial da alimentação infantil. São Paulo: Pubifolha, 2010. http://foodallergies.about.com/od/livingwithfoodallergies/fl/How-to-Get-DHA-with-a-Fish-Allergy.htm